sexta-feira, 26 de março de 2010

Cemitério perdido dos filmes B

Cemitério perdido dos filmes B, de César Almeida, é minha dica de livro para hoje. Uma força para os novos escritores do Brasil, rapaziada.

Gênios ou loucos? Aproveitadores ou revolucionários? Conheça a história de homens e mulheres que não desfilaram pelos tapetes vermelhos de Hollywood. Personagens que escreveram a história do cinema por linhas tortas, pavimentando o caminho para as grandes produções. Nomes como Roger Corman, Russ Meyer, Mario Bava, Terence Fisher e Jess Franco, que abriram passagens, quebraram tabus e tornaram-se mitos, influenciando até hoje cineastas da estirpe de Tim Burton e Quentin Tarantino. Cemitério perdido dos Filmes B traça um panorama do Cinema de baixo orçamento através das resenhas de 120 produções de diversos gêneros. Um retrato honesto e divertido dos heróis não celebrados da Sétima Arte.

http://www.editoramultifoco.com.br/catalogo2.asp?lv=248

quinta-feira, 25 de março de 2010

Voltemos a programação normal

Seria possível que depois de um nefasto plano, Jean Marcus, conhecido como o outro cara que abandonou o blog no começo, estaria voltando de alguma forma para falar de suas angustias como escritor? Talvez. Não saberia dizer mais quem escreve estas palavras. Alguma forma de Jean que não é inteiramente Jean? Difícil de concluir. Ou talvez melhor não. Não sabendo ao certo como os destinos se encontrarão daqui a diante; escreverei apenas, ao encalço de meu amigo Alberto. Ou Albert pra seguir a lógica de nomes na ilha de Lost. Falando em Lost, e suas milhares de referências (que talvez seja uma das partes mais interessantes da série), vamos falar mal de Tim Burton e como ele esculhambou uma das melhores histórias da humanidade : Alice no País das Maravilhas.


Tim Burton no País das Maravilhas
A tecnologia 3D está se tornando algo imensamente perigosa; o que não é um problema interamente dos cineastas. Nossa sede por novidades fez de Avatar o filme mais bem pago da história do cinema (com ressalvas de correção monetária), mas o filme em sí é apenas mais uma repaginação da mesma história do branco opressor que é aceito na tribo mas é quem mostra o real aspecto de ser o espírito do grupo. Apesar dos pesares, o filme não é de todo mal e o 3D é realmente impressionante; mas não que os cineastas modernos saibam o que fazer com essa total imersão.
Alice tenta fazer a mesma coisa em se aproveitar do 3D para criar imersão nesse mundo fabuloso das Maravilhas. O que talvez, num pensamento inicial, fosse uma grande idéia, e juntar Tim Burton à esse caldeirão, apesar de não gostar de sua direção, foi um tanto quanto aceitável, mas se esqueceram que cinema nào é só feito de técnologia e uma história que todos conhecem não pode ser distorcida ao bel prazer.


A grande sacada de Lewis Caroll é que os personagens no livros são na verdade arquétiopos e que Alice deve interagir com esses avatares para entender melhor as mecanânicas de sua própria mente. Talvez o que Alice tenha ganho ou não com isso é irrelevante diante da sacada dos arquétipos. No filme de Tim Burton, porém, cada personagem é apenas alguém com que Alice interrage; e algo fundamental em personagens é que eles se apresentam como um arquétipo, nunca o são.
Então todos os personagens ficam truncados, têm emoções e resolvem conflitos; tudo que Lewis Carol estava tentando se distanciar. E não é por ser um filme para o grande público que tiveram que aguar um pouco esses conceitos: o desenho anterior da Disney conseguiu impecavelmente manter a caracterização dos arquétipos, não dos personagens.
E eu vejo isso como um erro grave; filmes têm suas regras básicas ( de conflito, resolução e o diabo a quatro) sim, mas quando há uma tradução de um outro meio deve se manter certas referências. Senão seria melhor criar essa mesma história, mas com novos personagens: como Avatar fez.


Por essas e outras que eu acho que o Tim Burton se perdeu de vez.

Mas e o 3D?

Eu tive um idéia sobre o que o 3D significa esses dias. Porque a tecnologia por sí só não traz nada de inovador à uma arte: sua aplicação é muito mais importante as vezes. E o que o 3D faz além da imersão total, que no fundo todo filme bom deveria fazer, é que não há necessidade de se escolher um plano. Tudo pode ser mostrado em TODOS os planos. Uma tomada pode mostrar muito mais e deixar o borrado pra trás. Acho que a série Heroes tentou fazer isso sem usar o 3D e ficou com uma qualidade duvidosa.
Meu palpite é que as tomadas, que estão se tornando cada vez mais rápidos, vão diminuir em rítmo já que existirá muito mais em tela para ser visto do que num filme convêncional. E Alice, até mesmo Avatar, pecou nesse aspecto. Não houve profundidade em lugar algum: nem nos personagens, nem nas tomadas.
Oremos para que os cineastas entendam isso em breve e façam tudo ter mais profundidade mais uma vez. A emoção do 3D não vai ser exclusiva de cenas de ação, que chegam a encher de tantas coisas que jogam a sua cara (e pelo mesmo motivo espero que pornô nunca seja 3D).

quarta-feira, 24 de março de 2010

Sorteio O Reino dos Céus

O blog Romances in Pink está sorteando o livro O REINO do CÉUS da Drica Bitarello.
A cotação do livro no Skoob é de 5 estrelas.
Surpreenda-se e apaixone-se também.
Para se inscrever vá ao link ao lado e siga as instruções:

http://www.romancesinpink.com.br/2010/03/sorteio-o-reino-dos-ceus.html

domingo, 21 de março de 2010

Borges e os Orangotangos Eternos de Veríssimo


Quando numa caminhada pela Praça XV, resolvi entrar na Livraria Camões, vi, entre as prateleiras abarrotadas de livros velhos, Borges e os Orangotangos Eternos, de Luís Fernando Veríssimo, ainda lacrado. Preço de saldo por um exemplar novo. Lancei as mãos no livro e comprei-o, juntamente com O Senhor Ventura, de Miguel Torga.
Borges e os Orangotangos era um livro que queria ter, mas nunca foi prioridade entre as minhas visitas às livrarias. Era apenas mais um livro de Veríssimo para a minha coleção, e que, como muitos, entraria na minha vasta lista de espera pela leitura. E realmente foi.
Há três anos o livro de capa azul e preta descansou entre os demais livros do cronista. Olhava-o sempre com um certo ar de desconfiança, porque prefiro o Veríssimo cronista ao romancista. Apesar de ter gostado de Clube dos Anjos, e de toda a coleção Plenos Pecados, não me sentia disposto a ler o seu livro sobre o mestre argentino.
Não sei se a longa espera foi boa ou negativa. Talvez se o tivesse lido há três anos não tivesse o encanto que tive hoje ao me entreter com tal preciosidade. Veríssimo criou uma história fantástica, transformando Jorge Luis Borges em personagem de sua trama de suspense com referências às obras de Edgar Allan Poe.
A leitura é prazerosa e apaixonante. O encontro entre o fã, Volgenstein, e o ídolo, Borges, é construído de forma inteligente e perturbadora. Os mistérios que rondam o assassinato do crítico literário especialista em Poe são muito bem construídos, embora não seja difícil prever quem seria o real assassino. Mas era essa a intenção do narrador-personagem desde o princípio. Ponto para o autor, a criação de um narrador não confiável, como acontece com a maioria dos contos do autor de O Escaravelho do Diabo.
Alguns fatos passam longe da verossimilhança de um crime e, principalmente, da ação da polícia diante de um assassinato. Mas o que importa isso diante de uma narrativa fluente que envolve o leitor desde as primeiras linhas do texto?
Outro ponto interessante do livro é o capítulo final ficcionalmente escrito por Borges, que abandona o posto de personagem-interlocutor para assumir a responsabilidade pelo desfecho da história. O Borges de Veríssimo faz bem o seu papel de detetive literário, desvendando o mistério que envolve a morte de Joachim Rotkopf, o grosseiro crítico alemão.
Agora penso, depois de voltar com o livro datado para a estante, que relutei para ler um livro encantador e cativante. Faço questão de voltar à obra de Jorge Luis Borges, que certamente não foi bem feita, graças à magia despertada por Luís Fernando.

http://www.albertodacruz.prosaeverso.net

sexta-feira, 12 de março de 2010

Voltando às atividades literárias


No fim de 2009, não imaginei que este ano fosse ser tão produtivo. As perspectivas são muito boas para minha carreira literária. Todos sabem que desde que finalizei O Jogador, dei um tempo na produção textual. Primeiro me dei férias merecidas, mas as férias se estenderam por muito mais tempo do que imaginei. Felizmente tenho material de sobra para passar um ano, no mínimo, sem escrever nada. Mas me cobro o suficiente para não ficar um mês longe do texto, um dia sem pensar nas letras. Embora quisesse apenas esperar pelo que já tinha planejado para 2010, resolvi de última hora mexer na gaveta de guardados e reler minhas palavras esquecidas. Encontrei Pesadelos e reli suas frases macabras com paciência. Lembrei-me de que havia publicado alguns contos que formam esse volume no Recanto e, claro, fui conferir o que as pessoas falavam desse trabalho, se é que falavam. Os comentários que meus textos receberam foram tão produtivos que achei por bem torná-los concretos com a publicação definitiva do livro.

O Clube de Autores foi uma ótima ferramenta para a publicação enquanto a Multifoco não faz acontecer o Memórias em Ruínas, que já vai para 9 meses na fila de espera. Mas não vim aqui falar do Memórias, o assunto hoje é Pesadelos. O livro ficou pronto em 1 mês, já que só precisava de revisão e alguns poucos ajustes. O resultado, apesar da rapidez, foi excelente, tudo como previ que ficasse. Sem puxar sardinha para o meu lado, a edição ficou lindíssima e os contos fazem jus a ela.

A divulgação começa agora. Iniciamos o mês aparecendo na mídia. Na 8ª edição do Rumo Costa Verde, Pesadelos e eu estamos presentes em uma entrevista bem legal sobre o livro feita pelo jornalista Hugo Oliveira. Ontem fomos à televisão, no programa Angra Interativa, para falar sobre literatura e divulgar o meu trabalho. Assisti ao programa no horário alternativo, já que foi ao vivo, e gostei do que vi.
Agora temos que fazer as vendas subirem.
Abraços.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Divulgação funcionando

Amigos, estou feliz com o início do trabalho de divulgação do meu novo livro, Pesadelos, contos de horror e medo, Clube de Autores.

No número 8 do jornal Rumo Costa Verde, saiu uma entrevista bacana sobre o meu livro, realizada pelo jornalista Hugo Oliveira, com direito a foto colorida de meia página e tudo.

Amanhã, vou à Master Tv participar de um programa de entrevista ao vivo para falar de Pesadelos e outros textos.

Lançar um livro novo é sempre legal!

Abraços
http://clubedeautores.com.br/book/10804--Pesadelos