Esperei anos para rever um filme que nunca mais passou em nenhum canal, pelo menos que eu tenha encontrado na grade de programação, ou encontrado em DVD aqui nesta terra estranha esquecida por Deus. Mal pude acreditar quando meus olhos leram, displicentes, “Conta Comigo”, adaptação do conto The Body, de Stephen King, presente, se não me falha a memória, no livro Quatro Estações.
Parei tudo que o que fazia para assistir a essa espetacular história de amizade, mas exultei. Não posso ver o filme hoje. Qualquer dia seria perfeito, mas hoje é impossível. Na verdade, essa é uma grande desculpa para minha covardia. Não quero vê-lo. Parece-me heresia saciar o desejo que me alimenta faz tanto tempo numa segunda-feira, há menos de duas horas para o trabalho. Como um coito interrompido, teria que parar o deleite para o banho, além de também chegar atrasado à escola. Não posso fazer isso, não com Conta Comigo e toda a história que nos envolve. Ele, “Eclipse Total”, “O Aprendiz” e “It, a obra prima do terror” são os meus mitos platônicos. Embora já tenha visto todos, quero ter a plena satisfação, um orgasmo perfeito, a pequena morte revendo-os calmamente, sem interferências de qualquer sorte; apenas eu e a tevê, mais nada, como se o mundo parasse ou deixasse de existir.
A televisão ainda está ligada. Ouço do escritório as vozes, a música, o clima, mas não volto à sala...
Retornei do trabalho, mas não dei nenhuma aula. Levei minhas turmas para assistir a um debate do SAPÊ e, sinto dizer, muito aquém do que eu esperava que fosse. Pelo menos torço para que tenha servido de alguma coisa para aquelas pobres mentes.
De volta a minha casa, resolvi o tema de minha tese para o mestrado em Literatura Brasileira. Sei que será uma tarefa complicada, mas prazerosa. Optei por um comparativo interessante entre Mersault, de “O Estrangeiro”, do maravilhoso Albert Camus, e “Estorvo” e “Budapeste”, do genial Francisco Buarque de Hollanda. Começo amanhã a releitura dessas três fantásticas obras para me lançar ao trabalho de pesquisa.
Mas nem tudo são flores. Depois de um final de semana perfeito, tive um desentendimento com Mariana ao telefone. Confesso que fiquei tão triste com nossas duras palavras, não é desculpa, que foi impossível pensar em escrever qualquer frase. Perdi completamente a linha de raciocínio e, indubitavelmente seria ridículo forçar o texto, pois o resultado, afirmo, seria o pior texto da minha vida. Por isso, tão logo desligamos o telefone, fui para a cama, com a cabeça mais pesada do que quilos de chumbo sobre o meu pescoço.
Hoje é outro dia, mas ainda guardo ressentimentos. Acredito que não tentarei escrever por saber que não será o que me propus ou tenho de fazer. Às vezes é melhor dar uma pausa em tudo, alienar-se de qualquer que seja, a fim de sanar as dores mentais.
Volto ao texto o quanto antes, pois agora o tempo corre célere e contra minha insignificância diante dos fatos. Havia vários textos para escrever antes, agora existem outros mais, incluindo um conto erótico prometido a Luisa.
Torçamos para que tudo se ajeite logo, pois não há um minuto a perder, embora eu esteja jogando fora horas preciosas por capricho e orgulho ferido.
Parei tudo que o que fazia para assistir a essa espetacular história de amizade, mas exultei. Não posso ver o filme hoje. Qualquer dia seria perfeito, mas hoje é impossível. Na verdade, essa é uma grande desculpa para minha covardia. Não quero vê-lo. Parece-me heresia saciar o desejo que me alimenta faz tanto tempo numa segunda-feira, há menos de duas horas para o trabalho. Como um coito interrompido, teria que parar o deleite para o banho, além de também chegar atrasado à escola. Não posso fazer isso, não com Conta Comigo e toda a história que nos envolve. Ele, “Eclipse Total”, “O Aprendiz” e “It, a obra prima do terror” são os meus mitos platônicos. Embora já tenha visto todos, quero ter a plena satisfação, um orgasmo perfeito, a pequena morte revendo-os calmamente, sem interferências de qualquer sorte; apenas eu e a tevê, mais nada, como se o mundo parasse ou deixasse de existir.
A televisão ainda está ligada. Ouço do escritório as vozes, a música, o clima, mas não volto à sala...
Retornei do trabalho, mas não dei nenhuma aula. Levei minhas turmas para assistir a um debate do SAPÊ e, sinto dizer, muito aquém do que eu esperava que fosse. Pelo menos torço para que tenha servido de alguma coisa para aquelas pobres mentes.
De volta a minha casa, resolvi o tema de minha tese para o mestrado em Literatura Brasileira. Sei que será uma tarefa complicada, mas prazerosa. Optei por um comparativo interessante entre Mersault, de “O Estrangeiro”, do maravilhoso Albert Camus, e “Estorvo” e “Budapeste”, do genial Francisco Buarque de Hollanda. Começo amanhã a releitura dessas três fantásticas obras para me lançar ao trabalho de pesquisa.
Mas nem tudo são flores. Depois de um final de semana perfeito, tive um desentendimento com Mariana ao telefone. Confesso que fiquei tão triste com nossas duras palavras, não é desculpa, que foi impossível pensar em escrever qualquer frase. Perdi completamente a linha de raciocínio e, indubitavelmente seria ridículo forçar o texto, pois o resultado, afirmo, seria o pior texto da minha vida. Por isso, tão logo desligamos o telefone, fui para a cama, com a cabeça mais pesada do que quilos de chumbo sobre o meu pescoço.
Hoje é outro dia, mas ainda guardo ressentimentos. Acredito que não tentarei escrever por saber que não será o que me propus ou tenho de fazer. Às vezes é melhor dar uma pausa em tudo, alienar-se de qualquer que seja, a fim de sanar as dores mentais.
Volto ao texto o quanto antes, pois agora o tempo corre célere e contra minha insignificância diante dos fatos. Havia vários textos para escrever antes, agora existem outros mais, incluindo um conto erótico prometido a Luisa.
Torçamos para que tudo se ajeite logo, pois não há um minuto a perder, embora eu esteja jogando fora horas preciosas por capricho e orgulho ferido.
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