Mais um dia em minha vida cômica, apesar de sorumbático. Ontem, Jean esteve aqui em casa para nossas conversas e trabalhos semanais sobre o romance e pudemos discutir alguns elementos pendentes acerca da trama.
Como de praxe, fiz o jantar. Dessa vez o prato foi uma bela macarronada com requeijão (o catupiry de pobre). Em meio às garfadas e discussões sobre a melhor forma de se fazer macarrão, além das heresias cometidas no degustar da pasta, conseguimos adiantar as idéias e estabelecer mais cenas.
Finalmente parece que esses encontros surtiram efeito em mim, pois escrevi duas páginas bem interessantes (coisa que não acontecia há muito tempo). Consegui criar o clima que eu queria no momento em que Judith é levada à mansão da sociedade secreta. Pareceu-me sentir, tal qual ela, o gosto da terra e o frio rasgando minha pele, enquanto a pobre era levada contra sua vontade para as garras daquela estranha seita. Já sinto pena da protagonista, o que a espera nos gigantescos arredores da mansão não será nada bom para sua sanidade e dignidade. Adoro escrever cenas de sexo, ora sensuais, ora grotescas, ora excitantes como num livro erótico... e é isso que vai acontecer. A inocente Judith vai conhecer todo o tipo de depravação e humilhação sexual naquele lugar, é inevitável. Bom é que estou vibrando com isso.
Acredito que a partir de amanhã já comece a trabalhar essa parte da história. Mal posso esperar, porque as ações já estão mais do que desenhadas em minha cabeça, parece até que ganharam vida e estão prontas para sair.
Hoje, ao contrário de ontem, não escrevi nada além deste “post”, mas também conseguimos rir um pouco, na verdade muito, da minha miséria. A primeira gargalhada se deu na sapataria. Como de hábito, Jean virou meu consultor de moda. Tudo começou quando ele me convenceu a parar de usar tanto roupas pretas há alguns meses. Assim, obviamente, fomos os dois comprar sapatos. Depois de demorar uma eternidade para escolher os modelos (é, sou muito indeciso mesmo), veio a desgraça. Perguntei ao vendedor, meio sem graça, se havia número 38. Seu olhar já me disse tudo, provavelmente não teria. Esperei. Enquanto isso notava um sorriso cínico brotando no rosto de meu amigo. Concluí, aflito, que viria uma piada com o tamanho dos meus pés. Dito e feito, assim que o vendedor chegou, dizendo não haver meu número, os dois começaram a brincar comigo. Não tinha quase nenhum modelo 38 na seção adulta. Infantil?! É verdade, mandaram-me procurar na infantil. Mas Deus é pai, não é padrasto, acharam dois pares 38 escondidos no depósito. Ufa!
Da sapataria para a Taco. Pelo menos lá as vendedoras são bonitas e simpáticas. Na verdade isso é uma forma apelativa de vender, pois aqueles sorrisos bonitinhos conseguiram me convencer a esvaziar os bolsos, comprando muito mais do que o meu real objetivo. Mas antes de assinar o recibo do cartão de crédito, mais algumas piadas, dessa vez quanto ao meu manequim.
“Você quer experimentar a M?”, disse a vendedora.
“Não, quero a P”, respondi sob os olhares piadistas de Jean.
Ela me ofereceu, para meu desespero, calças em seguida. Pronto, pensei, vai começar a sacanagem. Como eu imaginava, ao perguntar sobre o número 36, começaram as risadas. Daí em diante, foi uma verdadeira farra, comigo obviamente, dentro da loja. Resumindo, falaram tanto do meu tamanho que, por pouco, não mostro o PC para os dois. Iria ser lindo!
Bom, agora vou ao trabalho, quatro tempos de Português. Depois, festa de aniversário da Ana Gabriela. Escrever hoje será impossível, até porque Jean e eu estamos levando Gin e Martini para fazermos uns bons drinques para o pessoal, já que comprar uísque para vagabundo beber misturando com refrigerante é heresia... e beber uísque nacional é mais triste do que ouvir todas as lamúrias do dia.
Conto Conspiratório agora, só amanhã, dependendo, é claro, do nível de ressaca e do gosto de guarda-chuva.
Como de praxe, fiz o jantar. Dessa vez o prato foi uma bela macarronada com requeijão (o catupiry de pobre). Em meio às garfadas e discussões sobre a melhor forma de se fazer macarrão, além das heresias cometidas no degustar da pasta, conseguimos adiantar as idéias e estabelecer mais cenas.
Finalmente parece que esses encontros surtiram efeito em mim, pois escrevi duas páginas bem interessantes (coisa que não acontecia há muito tempo). Consegui criar o clima que eu queria no momento em que Judith é levada à mansão da sociedade secreta. Pareceu-me sentir, tal qual ela, o gosto da terra e o frio rasgando minha pele, enquanto a pobre era levada contra sua vontade para as garras daquela estranha seita. Já sinto pena da protagonista, o que a espera nos gigantescos arredores da mansão não será nada bom para sua sanidade e dignidade. Adoro escrever cenas de sexo, ora sensuais, ora grotescas, ora excitantes como num livro erótico... e é isso que vai acontecer. A inocente Judith vai conhecer todo o tipo de depravação e humilhação sexual naquele lugar, é inevitável. Bom é que estou vibrando com isso.
Acredito que a partir de amanhã já comece a trabalhar essa parte da história. Mal posso esperar, porque as ações já estão mais do que desenhadas em minha cabeça, parece até que ganharam vida e estão prontas para sair.
Hoje, ao contrário de ontem, não escrevi nada além deste “post”, mas também conseguimos rir um pouco, na verdade muito, da minha miséria. A primeira gargalhada se deu na sapataria. Como de hábito, Jean virou meu consultor de moda. Tudo começou quando ele me convenceu a parar de usar tanto roupas pretas há alguns meses. Assim, obviamente, fomos os dois comprar sapatos. Depois de demorar uma eternidade para escolher os modelos (é, sou muito indeciso mesmo), veio a desgraça. Perguntei ao vendedor, meio sem graça, se havia número 38. Seu olhar já me disse tudo, provavelmente não teria. Esperei. Enquanto isso notava um sorriso cínico brotando no rosto de meu amigo. Concluí, aflito, que viria uma piada com o tamanho dos meus pés. Dito e feito, assim que o vendedor chegou, dizendo não haver meu número, os dois começaram a brincar comigo. Não tinha quase nenhum modelo 38 na seção adulta. Infantil?! É verdade, mandaram-me procurar na infantil. Mas Deus é pai, não é padrasto, acharam dois pares 38 escondidos no depósito. Ufa!
Da sapataria para a Taco. Pelo menos lá as vendedoras são bonitas e simpáticas. Na verdade isso é uma forma apelativa de vender, pois aqueles sorrisos bonitinhos conseguiram me convencer a esvaziar os bolsos, comprando muito mais do que o meu real objetivo. Mas antes de assinar o recibo do cartão de crédito, mais algumas piadas, dessa vez quanto ao meu manequim.
“Você quer experimentar a M?”, disse a vendedora.
“Não, quero a P”, respondi sob os olhares piadistas de Jean.
Ela me ofereceu, para meu desespero, calças em seguida. Pronto, pensei, vai começar a sacanagem. Como eu imaginava, ao perguntar sobre o número 36, começaram as risadas. Daí em diante, foi uma verdadeira farra, comigo obviamente, dentro da loja. Resumindo, falaram tanto do meu tamanho que, por pouco, não mostro o PC para os dois. Iria ser lindo!
Bom, agora vou ao trabalho, quatro tempos de Português. Depois, festa de aniversário da Ana Gabriela. Escrever hoje será impossível, até porque Jean e eu estamos levando Gin e Martini para fazermos uns bons drinques para o pessoal, já que comprar uísque para vagabundo beber misturando com refrigerante é heresia... e beber uísque nacional é mais triste do que ouvir todas as lamúrias do dia.
Conto Conspiratório agora, só amanhã, dependendo, é claro, do nível de ressaca e do gosto de guarda-chuva.
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