quarta-feira, 30 de maio de 2007

Duas frases marcantes e uma cena

Hoje, ouvi duas frases que me fizeram cismar. A primeira era uma afirmação, a segunda uma pergunta. Ambas tiveram em mim efeito e forçaram uma análise substancial em minha vida sem grandes acontecimentos. Não sei se foi por ter um fim de semana muito aquém do que eu gostaria que tivesse sido ou pelo simples fato de ultimamente andar sorumbático por meus estranhos caminhos. O fato é que o efeito foi devastador e me obrigou a reflexão.
“Algumas pessoas só valorizam o que perdem”, disse uma personagem qualquer de um filme sem importância. Mas o fato que me trouxe a primeira reflexão foi a aproximação do pensamento gentil com o meu momento atual. Sem via de dúvidas é latente que alguém está prestes a me perder, infelizmente. E pior do que isso é ter a certeza de que somente depois de atravessar essa porta, terei o valor que mereço. Não que seja alto e cogitado, mas meu jeito de ser me rende alguns pontos. Pena que em nossos dias não creditem a um homem bom e sincero o seu verdadeiro preço.
Pago a conta dos meus atos, e pago muito caro. Custa-me a acreditar que não sobra espaço hoje para sentimentalidades e sensibilidade a um homem. A sociedade atual força a frigidez que não suporto. Como não sei ser diferente, padeço minhas ilusões quando me faltam os “carinhos que um dia sonhei para mim”. Acontece que não é a primeira vez que sinto isso latejar em minha cabeça. Não é a primeira vez que me vejo ser posto de lado. E ouvirei novamente as mesmas frases já ditas por outras bocas, passados alguns meses ou até mesmo anos: “Desculpe-me”, “Eu poderia ter feito diferente” , “Sinto sua falta” e, a derradeira certeza do arrependimento quando os lábios temerosos deixam escapar o que o coração grita: “Ainda há tempo para nós?”.
Infelizmente não há. Não que eu seja superior aos demais, mas tenho um defeito cruel, o orgulho. Fico, apesar de tudo, feliz em saber que deixei marcas e momentos bons em outrem, mas o sofrimento que me fizeram supera qualquer lembrança, seja breve ou duradoura, de felicidade. E assim, as que me perderam sabem agora o valor de um homem de coração puro, que não tem medo de amar e ama simplesmente.
Se a primeira frase do dia me marcou, não foi diferente a última. Uma aluna me perguntou se o amor surge do nada, se é preciso ter paixão para ter amor. Depois de um longo discurso, eu me pus a pensar, mas nada pude concluir. Afinal, caríssimos, pode haver?
Antes de terminar este “post”, um último comentário. Ouvi a frase que intitula a canção da banda britânica Queen “Who wants to live forever” dita por uma menina de 11 anos que, tal como eu, tem diabetes. Pergunto a quem interessar: quem quer viver para sempre? Eu mesmo já o desisti de tê-la brevemente. Que venha o que vier, pois eu cansei de errar pelo mundo, cansei de buscar o ar e ele me faltar, cansei das crises insuportáveis de hiperglicemia como também não agüento mais sofrer com baixa taxa de açúcar no sangue. Que merda é a vida.
Antes que eu me esqueça, hoje, durante uma aula frustrada de Produção Textual, enquanto meus “amados” alunos escreviam uma dissertação sobre a influência da televisão em nossas vidas, escrevi mais uma cena do Conto Conspiratório. Nela, Judith confessa o pavor que sentiu ao entrar num táxi, sendo surpreendida pelo motorista, dizendo conhecê-la e a levando para um destino completamente estranho a nossa protagonista problemática.
Finalmente cheguei ao ponto que eu queria, desvinculando-me do texto principal e abrindo o leque para mais ações independentes. Parece-me que agora deslancha o texto e o hiato criativo se tornará um belo ditongo textual.
Será, então, que conseguirei quebrar a máxima pessimista e melhorar alguma coisa nesta torpe vida medíocre e sem razão?
Um abraço e até a próxima.

sábado, 26 de maio de 2007

Keep walking

Passei um tempo se dar entradas no nosso diário literário mas foi por uma boa causa. Mas vamos ao que interessa:

Escrevi mais um trecho! Acho que foi exatamente mais uma pagina e consegui sair de um pedaço realmente complicado mas que tenho a impressão que vai sofrer severas revisões. Ainda preciso passar melhor o clima de uma "volta", que é o que está acontecendo agora. Mas está ficando interessante. Muitos elementos estão se completando e isso está dando um tom muito unisso para a história. E esse ritmo vai se seguir por um bom tempo e vai dar a tensão que eu queria.

Mas ontem mesmo não escrevi nada. Tive que atender 2 atividades sociais. Primeiro o casamento de Cacau e Joseph. Algo que vale a pena presenciar. Os dois estavam radiantes e o casamento foi realmente muito singelo mas tocando. O noivo estava com roupas orientais muito interessantes enquanto a noiva estava num pecuilar vestido verde escuro com um belo penteado quase que "faérico" e um buque branquissimo pra contrastar com conjunto. O amor é sempre algo que deve ser louvado.

Em seguida fui ver Piratas do Caribe. Eu particulamente achei o filme fantastico! Todas as outras pessoas odiaram. Mas a trama chieio de reviravoltas e a bela história de amor fez da pelicula uma coisa particular. Obviamente se não fosse da Disney, eu acho que poderia ter muito mais tensão. Mas gosto mais quando tem bastante comic relief. Fiquei mais fã do Will e da Lizzie nessa terceira parte. E finalmente vi o Sparrow fazer algo. Enfim, valeu o ingresso.

quarta-feira, 23 de maio de 2007

E lá se vai mais um dia

Mais um dia chega ao fim sem que eu tenha escrito ou pensado em nada sobre o Conto conspiratório. Isso me entristece deveras. Em muito, posso culpar o trabalho diário, que me suga completamente as forças mentais e físicas, somado ao estresse cotidiano; mas, obviamente, se houvesse paciência em mim, facilitaria o processo artístico. Se antes a composição do texto me acalmava como um meio rápido de catarse, hoje acontece diferente. Quando escrever deixou de ser um hobby e se tornou obrigação, a tarefa foi dificultada. Se antes escrevia sem dar satisfações a ninguém, hoje há uma orda cruel de olho nos meus escritos. E não são as críticas que me tiram o prazer de pensar e expor meus pensamentos, sejam em formas poéticas, sejam argumentativas ou fictícias; hoje passam não só por mim, mas por pessoas que exigem deles muito mais do que têm a oferecer ou se propõem a fazer. Primeiramente, eu sou meu mais severo crítico e, como já podem imaginar, não gosto de 50% ou mais do que escrevo, apesar de ouvir dos meus leitores mais assíduos elogios, existem defeitos que somente eu vejo e repudio.
Depois há o editor, eis o meu grande algoz. Nas últimas vezes que conversamos, o assunto não foi nada agradável e estimulante. Ele me cobra os textos, eu o enrolo o quanto posso, pois a fase não está boa. Quando finalmente mando algum conto, a resposta não tarda, mas é desanimadora. A última foi o excesso de caracteres do conto de horror “Diário da Loucura”, que pode ser lido em minha página no Recanto das Letras. Fazia-se necessário cortar 33 mil caracteres do texto e, consequentemente, mutilar minha história. Neguei-me a tal.
Obviamente fiquei chateado com a notícia e ainda mais ausente da criação de minhas ilusões e insanidades. Desistir? Não acredito que tenha chegado a tal ponto decadente. Estou certo de que logo tudo voltará ao normal e escrever novamente será como respirar, vital.

Alberto da Cruz
23-05-207

terça-feira, 22 de maio de 2007

It's alive!

Finalmente! Depois de passar o dia inteiro com receio enorme de não conseguir escrever nada (porque foi um dia cheio) acabei escrevendo alguma coisa!

Eu, diferente do Juninho, estou bem mais avançado em minha história porque fui eu quem começou essa coisa toda. tinha começado como um pequeno conto ( que talvez se tornasse uma história em quadrinhos). Logo em seguida acabou ficando grande demais na minha cabeça e mudei para a categoriade novelleta. E quando reencontrei o grande amigo Juninho todo esse trabalhou chegou ao status de livro. (E quase que um livro de 2 volumes(coisa que não deve ser mais por ai)). Enfim. Eu estou já com umas 20 paginas de trabalho pronto enquanto o Juninho não chegou nem a 10. Eu provavelmente vou escrever umas 60. Acho que o Juninho vai escrever o mesmo. Mas justamente depois de ter escrito essas 20 paginas eu cheguei num estágio da história que tudo tem que ser escrito com muito mais cuidado do que o inicio sempre vigoroso. Agora é a hora de explicar mais o que está acontecendo sem perder a coisa frenetica que é o começo. É quando entendemos melhor a trama e os personagens e é também onde começa a criar o climax. Então o meio é uma parte pra se escrever com muito suor e lagrima.

Eu não sou muito de escrever meio. Meu potencial fica nos começos. Sou excelente escritor de começos. Coisas extremamente insólitas!

Eu até me dou com finais porque é mais ou menos como escrever um final as avessas. Isso quando você já não começa com o fim, que é um toque de classe e adianta bastante seu trabalho.

Mas o meio é justamente o problema. Ele é muito compassado, muito morno, muito equilibrado. E meu ritmo não é de meio. Então meu grande desafio e escrever algo que passe nesse meio de história. Serão 20 paginas bem complicadas, mas sei que darei conta do recado. Não. Já tenho a história na cabeça. Agora é só concretizá-las bem devagar para não perder a linha e manter a melodia da coisa.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Eu disse que podia piorar... Piorou!

A fatídica noitada de ontem me revelou que a famosa Zica que me perseguiu por tanto tempo não havia partido como eu imaginara. Vamos por partes, como já dizia Jack, o estripador.
Fomos à premiação do Concurso de Poesias do Ateneu Angrense de Letras. Prestigiar os vencedores? Não! Beber de graça mesmo, já que cerveja e vinho estavam sendo distribuídos em belíssimas jarras. Claro é que eu gostaria de ter assistido à cerimônia, mas chegamos tão tarde que só deu tempo de pegar o coquetel. Não que eu esteja reclamando da economia na bebedeira, mas realmente sou apaixonado por poesia, mesmo de cor local, tenho por essa arte subjetiva total devoção.
Como eu já imaginava, o carro novamente aprontou comigo antes mesmo de chegar lá. Quando fui buscar Mariana, dirigindo muito devagar (juro, não passei de 60 km/h), ouvi um chiado irritante e pensei desolado, “pronto, bateu o motor”, mas era só o pneu vazando. Só?! Que azar, pensei. Mas o jeitinho brasileiro me salvou, era apenas um vazamento no bico. Tudo ajeitado, estava pronto para partir. Chegando ao Câmara Torres, debaixo de uma chuva chata, aquela que chove, mas não molha, Mariana brincou comigo por causa da fumaça branca sob o capô. Não deu para esquecer isso, fiquei preocupado.
Horas depois, levei-a para casa temeroso ainda, mas como o carro ligou sem problemas, dirigi até a Praia do Jardim, novamente sem correr (já estava ficando agoniado com a minha lerdeza). Decidi esperar um pouco para voltar para casa, fiz questão de conferir o nível do líquido de arrefecimento e esperei que o motor esfriasse um pouco. Sei que não deveria ter ido de carro, mas...
Quando saía, percebi que o pneu estava completamente vazio. A roda fazia um estridente barulho ao contato com o chão. Estava ferrado, pois a chuva aumentara e meu macaco é curto demais para a altura do carro (rebaixa mesmo, infeliz). Fui pedir o macaco emprestado e não me deixaram trocar o pneu sob aquela chuva. Ganhei uma providencial carona até a minha casa, deixando o carro por lá mesmo. Que vergonha, tirar os outros de casa às três e tantas da madrugada.
Não consegui dormir, estava tão chateado que era impossível pôr a cabeça no travesseiro e esquecer que tudo estava errado.
Hoje pela manhã meu pai veio me buscar para o almoço em família. Passamos o dia inteiro juntos, conversamos, rimos, falamos besteiras e eu cozinhei como há muitos meses não fazia. Nada melhor do que encarar um fogão para agradar a mais pessoas do que minha solitária fome diária.
À noite, finalmente troquei o pneu e deixei o carro por lá mesmo, temendo forçar ainda mais o motor e piorar o meu prejuízo.
Passei a noite com Mariana e sua família. Voltei para casa de ônibus e volto lá amanhã para buscá-lo e levá-lo ao hospital dos carros ferrados.
Tendo assim tanta coisa na cabeça, fui incapaz de enfrentar a máquina ou pensar em qualquer tipo de texto, inclusive o conspiratório.
Amanhã volto a rotina e será difícil dedicar-me ao trabalho na tecitura do romance. Espero que consiga.
Amanhã eu explicarei o que se deu comigo e com o texto novamente esquecido.

Fnords?

Posts dários? Acho que está acontecendo de serem diarios, mas como em turnos. Esquisito isso porque não foi planejando na verdade. Vai que assim dá certo?

Enfim. Não estava na cidade pra rir dessa sucessão de azar que se abateu novamente pelo Zicamovel. Carro esse famoso por trazer o mal agouro por onde é que ele passe.

Como havia comentado anteriormente: estava no Rio. E com isso as derrocadas literárias foram sucessivas. Mas foi uma passagem interessante por lá. Sou budista e é costume na comunidade budista que quando alguém tem uma incrivel vitória, essa pessoa relata isso a todos. E eu passei recentemente para uma faculdade Americana muito importante para nossa organização. E meu objetivo ao contar contar essa vitória era incentivar mães a dar mais apoio aos seus filhos(que foi exatamente o meu caso). E nessa reunião para as "mães" budistas, eu pude contar meu caso para exatamente 5000 mulheres. Algo fantastico de se fazer! Acredite.

Não fiquei nervoso mas a sala lotada, manter a atenção com um bom texto, e passar a mensagem é uma tarefa bem interessante! Um ótimo exercício! Pude não ter escrito nada, mas isso foi um bom dia pelo menos. Isso foi num sabado.

Domingo foi mais parado impossivel. Não merece nem comentário.

sábado, 19 de maio de 2007

Não há nada de ruim que não possa piorar


Certo, mais um dia sem que nada tenha sido feito em favor do texto. O “post” de hoje engloba dois dias: sexta-feira e sábado. Dois longos dias de ócio e tédio brigados com a produção. Já chega a parecer brincadeira tamanha enrolação, tanto tempo para escrever um simples parágrafo, mas nenhuma simples frase foi escrita... nem digitada, nem manuscrita. Claro, devem estar a pensar que me falta o compromisso, pelo contrário, penso no texto diariamente e a todo momento, mas na hora “h” nada sai; o dia “d” parece nunca chegar. Até quando, senhor dos desgraçados, serei condenado ao limbo da página em branco?!
Bem, sexta-feira quem me roubou o tempo e a paciência foi o carro. Perdi toda a manhã tentando descobrir por que diabos o líquido de arrefecimento do radiador desaparecia sem deixar pistas e, consequentemente, por que aquela fumacinha branca saía por debaixo do capô depois que eu voltava da rua. Como não sou mecânico, fiquei só nas especulações, nada mais. Mas acreditem, no fundo eu achei que conseguiria resolver o problema com fé em que as peças se reparassem com minha força de vontade. (tá bom!)
à tarde, resolvi assistir ao Libertino, apesar de o Jean ter me desestimulado a perder meu tempo com esse filme por se tratar de uma obra de gosto duvidoso e trama arrastada. Só por desencargo de consciência, permaneci prostrado no sofá assistindo ao poeta dizer “Vocês não vão gostar de mim”. Mas eu gostei. Vi o filme inteiro de uma só vez, coisa rara, pois na maioria das vezes ultimamente, sou obrigado a voltar um bom pedaço graças aos meus cochilos (e como tenho dormido!). Tão logo terminou, entrei numa espécie de transe, excitado e pensativo. Foram cerca de trinta minutos cismando a vida. Que diabos fazemos com ela, não é mesmo? Construímos tantos sonhos para no fim acabarmos na podridão. Bom filme.
Pensei em escrever algumas idéias que tivemos quinta sobre o Conto Conspiratório, dando continuidade à cena em que Judith (a personagem que me encarreguei de dar vida) dá um fora em Euan (o outro protagonista da história, escrito pelo Jean), mas acontece que a noite chegou rápida e, com ela, a boemia veio ainda mais célere. Assim, o texto ficou para quando eu voltasse para casa. Sim, achei que daria para escrever depois de uma noitada de sexta, porque Mariana tem curso sábado, logo estaria cedo em casa. Ledo engano.
Fomos ao Caiçara e entornamos o balde, chutamos a bodega e nos encharcamos literalmente. Para piorar, um Zé Mané me fez o favor de encher o bolso da minha camisa de Coca-cola (Vá lá entender?). Como a cerveja não parava de vir, perdemos a hora. Três da manhã, ainda estávamos na rua... e, para piorar, fomos a um lugar proibitivo a qualquer pessoa em sã consciência, mas isso façamos o favor de esquecer.
Obviamente cheguei a minha casa mais morto do que vivo, portanto nem pensar em computador, texto ou coisa parecida. Morguei mesmo.
Acordei hoje com o gosto amargo de guarda-chuva. Sem dores na cabeça, mas um mal estar bizarro. Primeiro pensamento: escrever? Não, levar o carro para a oficina e deixar de ser teimoso. Foi aí que minha cabeça quase explodiu. “Meu amigo, queimou a junta do cabeçote. cem por cento. Não há mais nada a fazer. Tem que trocar. A peça? É, amigo, vai ser meio difícil encontrar. Sabe como é, carro importado, não vai ficar barato, não”. Preciso dizer o tamanho do palavrão que mandei? Acho que não.
Voltei amargurado para casa e perdi meu precioso tempo procurando a porcaria da peça no Mercado Livre. Duas horas depois, finalmente encontrei. Uma facada sem precedentes, mas já era, tenho que pagar pelo meu orgulho. Afinal de contas, quem está na chuva é para se molhar. Eu me molhei, peguei uma tempestade do século (Stephen King mesmo, “Dê-me o que quero e irei embora”?) sem o guarda-chuva, capa ou qualquer outra porcaria para amenizar a torrente.
Como não tinha cabeça para escrever, ataquei à coleção de DVDs. Assisti a uma adaptação de Beowulf pior do que aquela do cara que fez o Highlinder (nesse eu dormi umas três vezes).
Bem, a noite chegou de novo e a boemia me chama. Dependendo da hora que eu chegar e, principalmente, do meu estado depois de algumas cervejas e conhaques, devo escrever o fim do romance de Judith e Euan. Se eu conseguir fechar esse capítulo interminável hoje, já me dou por satisfeito; e terei certeza de que o negócio vai engrenar de vez. Por falar em engrenar, lembrei-me de engrenagem e por conseqüência da porcaria do Civic parado lá na garagem...
Pensamento positivo, pensamento positivo. Alguma coisa tem que dar certo no final. Façamos figas, usando pés de coelhos no pescoço e banhos com galinhos de arruda... sem contar sal-grosso atirado por cima do ombro.

sexta-feira, 18 de maio de 2007

And now, for something completly diferent...

Nada mais eu começar citando Monty Python, escrever numa fonte esquisita e zuar o Juninho logo em seguida.(Sim, Alberto é apenas viadagem. Juninho PC é o correto).

Como já devem ter notado, estamos escrevendo essa coisa toda pra contar mais ou menos como é a vida frustrante de escritores meia boca. Mas sem chororô.

Como devem ter ouvido ali em baixo (ou antes?) que eventualmente eu fui na casa do Juninho para tentarmos escrever alguma coisa. O que acabou acontecendo(além da gênese desse diario de como estamos escreveno) foi ficar vendo fotos de festas, ouvindo audio absurdo(mas não gay) sobre piru do Squich (amigo nosso) e falando mal de pessoas e etc. Na verdade não foi de todo ruim assim - Porque certas fases bem preguiçosas do preocesso criativo não podem ser puladas (no nosso caso, ficar falando merda mesmo) - e acabamos definindo algumas linhas de tempo e perfis do nosso atual projeto literário (Conto Conspiratório). O que fui muito bom mesmo! Porque o mau aguouro do Hiato anda imperando por todos os lados! E o nosso texto diário de piedade (e pratica) vão ser esses posts aqui no blog. Mas concluindo. O dia foi exatamente bom para o fato de escrever, mesmo não escrevendo tanto assim. Mas a carroça começou a correr!

Agora toda vez que escrevermos aqui e contarmos que não produzimos absolutamente nada, doerá completamente em nossas consciências. Isso vai nos impelir a escrever sempre. Nem que seja bom. Porém é melhor escrever e jogar fora depois do que simplesmente ficar fazendo nada.

Que foi o que basicamente aconteceu hoje.

Eu viajei e acabei chegando na minha outra casa e morgando no sofá vendo Video Game com a Angélica. O que mostra que na verdade eu tenho sério problema com planejamento. Preciso urgentemente aprender a saber levar meu escritório (o que quer que seja ele) pra qualquer lugar para não deixar de escrever nunca.

Pelo menos fiquei com o post de misericórdia.

E afinal quem é Atom?

Saldo Positivo

O saldo hoje foi positivo, apesar de que tão logo me despertou o relógio, pensei que seria o contrário. Mais um dia em minha vida mediana e sem grandes aventuras fantásticas. Mas se eu parar um pouco e deixar de ser tão derrotista a ponto de assumir que minha rotina é uma batalha campal contra um elevado número de inimigos invencíveis, talvez possa enxergar nisso um pouco de... desafio ao perigo.
Hoje, para mim pelo menos, é um bom dia da semana. Quinta-feira é o dia que menos trabalho, apenas 4 ligeiros tempos de aula. Suficiente para organizar uma vidinha desregrada.
Saí da escola por volta de uma hora da tarde e só pensava no quanto iria dormir antes de pôr fim ao estúpido hiato que me impede o trabalho textual. Idéias não me faltam. Falta mesmo é a paciência para encarar o teclado e sofrer o texto.
Não cochilei mais do que dez insignificantes minutos no sofá.
Como disse, quinta é o meu melhor dia. Um dos poucos que me sobra tempo para dedicar-me as minhas próprias coisas: a namorada e os textos. A positividade do dia se resume a isso, estive com minha chama ardente por poucas horas, mas que me deram maravilhoso prazer. Logo após ela, dei a vez ao companheiro de jornada e ao texto. Mariana se foi às dezenove horas e às vinte, Jean chegou a minha casa para enfim pormos os trabalhos em pauta.
Depois de alguns dedos de prosa, me lancei à contemplação de um volume em brochuras de frases célebres. Geralmente essa leitura descompromissada me inspira a alguns contos ou poemas. Mas hoje foi diferente, não há inspiração, sim técnica, na verdade preguiça de me sentar e refletir as palavras.