Hoje, ouvi duas frases que me fizeram cismar. A primeira era uma afirmação, a segunda uma pergunta. Ambas tiveram em mim efeito e forçaram uma análise substancial em minha vida sem grandes acontecimentos. Não sei se foi por ter um fim de semana muito aquém do que eu gostaria que tivesse sido ou pelo simples fato de ultimamente andar sorumbático por meus estranhos caminhos. O fato é que o efeito foi devastador e me obrigou a reflexão.
“Algumas pessoas só valorizam o que perdem”, disse uma personagem qualquer de um filme sem importância. Mas o fato que me trouxe a primeira reflexão foi a aproximação do pensamento gentil com o meu momento atual. Sem via de dúvidas é latente que alguém está prestes a me perder, infelizmente. E pior do que isso é ter a certeza de que somente depois de atravessar essa porta, terei o valor que mereço. Não que seja alto e cogitado, mas meu jeito de ser me rende alguns pontos. Pena que em nossos dias não creditem a um homem bom e sincero o seu verdadeiro preço.
Pago a conta dos meus atos, e pago muito caro. Custa-me a acreditar que não sobra espaço hoje para sentimentalidades e sensibilidade a um homem. A sociedade atual força a frigidez que não suporto. Como não sei ser diferente, padeço minhas ilusões quando me faltam os “carinhos que um dia sonhei para mim”. Acontece que não é a primeira vez que sinto isso latejar em minha cabeça. Não é a primeira vez que me vejo ser posto de lado. E ouvirei novamente as mesmas frases já ditas por outras bocas, passados alguns meses ou até mesmo anos: “Desculpe-me”, “Eu poderia ter feito diferente” , “Sinto sua falta” e, a derradeira certeza do arrependimento quando os lábios temerosos deixam escapar o que o coração grita: “Ainda há tempo para nós?”.
Infelizmente não há. Não que eu seja superior aos demais, mas tenho um defeito cruel, o orgulho. Fico, apesar de tudo, feliz em saber que deixei marcas e momentos bons em outrem, mas o sofrimento que me fizeram supera qualquer lembrança, seja breve ou duradoura, de felicidade. E assim, as que me perderam sabem agora o valor de um homem de coração puro, que não tem medo de amar e ama simplesmente.
Se a primeira frase do dia me marcou, não foi diferente a última. Uma aluna me perguntou se o amor surge do nada, se é preciso ter paixão para ter amor. Depois de um longo discurso, eu me pus a pensar, mas nada pude concluir. Afinal, caríssimos, pode haver?
Antes de terminar este “post”, um último comentário. Ouvi a frase que intitula a canção da banda britânica Queen “Who wants to live forever” dita por uma menina de 11 anos que, tal como eu, tem diabetes. Pergunto a quem interessar: quem quer viver para sempre? Eu mesmo já o desisti de tê-la brevemente. Que venha o que vier, pois eu cansei de errar pelo mundo, cansei de buscar o ar e ele me faltar, cansei das crises insuportáveis de hiperglicemia como também não agüento mais sofrer com baixa taxa de açúcar no sangue. Que merda é a vida.
Antes que eu me esqueça, hoje, durante uma aula frustrada de Produção Textual, enquanto meus “amados” alunos escreviam uma dissertação sobre a influência da televisão em nossas vidas, escrevi mais uma cena do Conto Conspiratório. Nela, Judith confessa o pavor que sentiu ao entrar num táxi, sendo surpreendida pelo motorista, dizendo conhecê-la e a levando para um destino completamente estranho a nossa protagonista problemática.
Finalmente cheguei ao ponto que eu queria, desvinculando-me do texto principal e abrindo o leque para mais ações independentes. Parece-me que agora deslancha o texto e o hiato criativo se tornará um belo ditongo textual.
Será, então, que conseguirei quebrar a máxima pessimista e melhorar alguma coisa nesta torpe vida medíocre e sem razão?
Um abraço e até a próxima.
“Algumas pessoas só valorizam o que perdem”, disse uma personagem qualquer de um filme sem importância. Mas o fato que me trouxe a primeira reflexão foi a aproximação do pensamento gentil com o meu momento atual. Sem via de dúvidas é latente que alguém está prestes a me perder, infelizmente. E pior do que isso é ter a certeza de que somente depois de atravessar essa porta, terei o valor que mereço. Não que seja alto e cogitado, mas meu jeito de ser me rende alguns pontos. Pena que em nossos dias não creditem a um homem bom e sincero o seu verdadeiro preço.
Pago a conta dos meus atos, e pago muito caro. Custa-me a acreditar que não sobra espaço hoje para sentimentalidades e sensibilidade a um homem. A sociedade atual força a frigidez que não suporto. Como não sei ser diferente, padeço minhas ilusões quando me faltam os “carinhos que um dia sonhei para mim”. Acontece que não é a primeira vez que sinto isso latejar em minha cabeça. Não é a primeira vez que me vejo ser posto de lado. E ouvirei novamente as mesmas frases já ditas por outras bocas, passados alguns meses ou até mesmo anos: “Desculpe-me”, “Eu poderia ter feito diferente” , “Sinto sua falta” e, a derradeira certeza do arrependimento quando os lábios temerosos deixam escapar o que o coração grita: “Ainda há tempo para nós?”.
Infelizmente não há. Não que eu seja superior aos demais, mas tenho um defeito cruel, o orgulho. Fico, apesar de tudo, feliz em saber que deixei marcas e momentos bons em outrem, mas o sofrimento que me fizeram supera qualquer lembrança, seja breve ou duradoura, de felicidade. E assim, as que me perderam sabem agora o valor de um homem de coração puro, que não tem medo de amar e ama simplesmente.
Se a primeira frase do dia me marcou, não foi diferente a última. Uma aluna me perguntou se o amor surge do nada, se é preciso ter paixão para ter amor. Depois de um longo discurso, eu me pus a pensar, mas nada pude concluir. Afinal, caríssimos, pode haver?
Antes de terminar este “post”, um último comentário. Ouvi a frase que intitula a canção da banda britânica Queen “Who wants to live forever” dita por uma menina de 11 anos que, tal como eu, tem diabetes. Pergunto a quem interessar: quem quer viver para sempre? Eu mesmo já o desisti de tê-la brevemente. Que venha o que vier, pois eu cansei de errar pelo mundo, cansei de buscar o ar e ele me faltar, cansei das crises insuportáveis de hiperglicemia como também não agüento mais sofrer com baixa taxa de açúcar no sangue. Que merda é a vida.
Antes que eu me esqueça, hoje, durante uma aula frustrada de Produção Textual, enquanto meus “amados” alunos escreviam uma dissertação sobre a influência da televisão em nossas vidas, escrevi mais uma cena do Conto Conspiratório. Nela, Judith confessa o pavor que sentiu ao entrar num táxi, sendo surpreendida pelo motorista, dizendo conhecê-la e a levando para um destino completamente estranho a nossa protagonista problemática.
Finalmente cheguei ao ponto que eu queria, desvinculando-me do texto principal e abrindo o leque para mais ações independentes. Parece-me que agora deslancha o texto e o hiato criativo se tornará um belo ditongo textual.
Será, então, que conseguirei quebrar a máxima pessimista e melhorar alguma coisa nesta torpe vida medíocre e sem razão?
Um abraço e até a próxima.
Um comentário:
Ah, depois do pedido de visita ao blog, vim aqui conferir! Legal, gostei...
Continuem escrevendo!!!
=)
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